"Conceder a palavra às crianças não significa fazer-lhes perguntas e fazer com que responda aquela criança que levantou a mão em primeiro lugar [...]. Conceder a palavra às crianças significa, pelo contrário, dar a elas as condições de se expressarem."
(TONUCCI, 2005).

segunda-feira, 30 de abril de 2018

terça-feira, 3 de abril de 2018

Entrevista sobre o Serviço para Pais



"Pais e cuidadores de crianças e adolescentes podem se deparar diariamente com diversas situações que exigem uma solução rápida e sábia, mas nem sempre sabem como lidar com os conflitos. Para auxiliar na convivência familiar, o Centro de Estudo e Práticas em Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco oferece um serviço de orientação para esse público".


A psicóloga Melina Pereira, da UNIVASF / CEPPSI e coordenadora do NUPIE, fala sobre o serviço para pais em uma entrevista dada a TV CAATINGA.


Assista a entrevista : Entrevista sobre o Serviço para Pais

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Cuidado, Autoridade e Comunicação nas Relações Parentais





Josefa Eugênia Tenório Tavares
(Estagiária de Psicologia - Univasf)


Uma questão que pode causar dúvidas entre os cuidadores na educação das crianças e adolescentes é como conciliar autoridade e cuidado, em outros termos seria saber como estabelecer uma relação adequando limites e carinho.
A compreensão mais comum (muitas vezes inconsciente) é de que para garantir uma boa educação seria preciso impor regras e, autoritariamente, mantê-las. É como se os educadores não entendessem a necessidade de explicar os sentidos das regras, fazendo que sejam apenas cumpridas, mesmo através da força.
Por outro lado, alguns cuidadores confundem cuidado com o agradar a criança não estabelecendo limites. Importante ressaltar que estabelecer limites está relacionado com a responsabilização na educação da criança ou adolescente e também com o cuidado. O estabelecer limites de modo dialogado é uma forma de cuidado e ajuda a criança a desenvolver responsabilidades.
Assim, o sentido de autoridade é muitas vezes incompreendido por cuidadores, como manter uma relação de respeito, estabelecendo limites e ao mesmo tempo dialogada e carinhosa.
É importante que exista uma relação de respeito mútuo, na qual a autoridade não é imposta, mas compreendida como cuidado. Algo que pode ser considerado como crucial para possibilitar uma relação de respeito é a existência de qualidade na comunicação entre cuidadores e crianças/adolescentes.
Em uma comunicação de qualidade, um aspecto favorável é o estabelecimento da relação entre a necessidade de limites e o cuidado. Ou seja, é propício para a comunicação esclarecer motivações, necessidades e consequências das atitudes, bem como o diálogo e a busca da compreensão dos sentimentos envolvidos.
Dessa forma, o famoso “por que?”, tão comum entre as crianças e os adolescentes, por exemplo, requer, sim, atenção e esclarecimento, em vez de uma simples resposta “porque eu mando”.

Portanto, é preciso que os cuidadores conciliem cuidado e autoridade, carinho e limites, sobretudo via uma comunicação com qualidade. Por fim, é válido lembrar que autoridade não deve visar simplesmente o controle, mas deve ser entendida como um princípio educativo, de maneira carinhosa e com limites, dando espaço para a expressão da criança ou adolescente como forma de cuidado.