"Conceder a palavra às crianças não significa fazer-lhes perguntas e fazer com que responda aquela criança que levantou a mão em primeiro lugar [...]. Conceder a palavra às crianças significa, pelo contrário, dar a elas as condições de se expressarem."
(TONUCCI, 2005).

domingo, 27 de julho de 2014

Os direitos das crianças com necessidades especiais

Sobre as violações de direitos e os fatores de risco relacionados à pessoa com deficiência, hoje sabemos que eles são evidentes em situações simples e complexas. Por exemplo, a forma como a família recebe a notícia de que o recém-nascido é deficiente ou como cuida desse indivíduo na sua velhice pode estar relacionada à exclusão, pois a criança talvez não nasça exatamente da maneira que os seus familiares sonhavam.
Felizmente, no Brasil a discussão sobre esses direitos vem ganhando cada vez mais espaço e visibilidade, principalmente no que diz respeito às pessoas com deficiência física e sensorial. Embora vários passos tenham sido dados no sentido de garantir direitos, ainda são poucos para uma sociedade que pretenda ser mais justa. Neste país, algumas conquistas já estão asseguradas pela Constituição Federal e por leis complementares. Confira:
 
Direito ao transporte: Passe Livre - Transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário interestadual gratuito à pessoa com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual e múltiplo deficiente, comprovadamente carentes ou deficientes. (renda per capita até um salário mínimo).
Suspensão do rodízio de carros: A pessoa com deficiência ou seu representante legal pode solicitar junto ao Detran da cidade de São Paulo a liberação da restrição de circulação de veículos.
Direito à Educação: A pessoa com deficiência tem direito à Educação pública e gratuita, preferencialmente na rede regular de ensino e, se for o caso, ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contra turno escolar. Como previsto no Art. 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente. É importante incentivar e criar condições para que a pessoa com deficiência frequente o ambiente escolar da pré-escola ao ensino superior.
Direito à Saúde: De acordo com a Constituição Federal, todos têm direito a Saúde pública e gratuita. Direito ao diagnóstico correto, à informação e aos tratamentos necessários. Os planos de saúde suplementares não podem recusar a adesão da pessoa com deficiência, sob o risco de configurar discriminação.
 

Esta matéria foi baseada numa publicação feita pelo blog: www.desenvolvimento-infantil.blog.br

sábado, 19 de julho de 2014

Portal de Notícias G1 divulga o "Cine Infância"

No próximo dia 24/07 (quinta-feira), às 18h, ocorrerá a exibição do filme "Filhos do Paraíso" no auditório da biblioteca da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf, Campus Centro, em Petrolina. Confira o trailer:



Após a exibição do filme, acontecerá a discussão dele, com o tema: "O cotidiano na percepção da criança". Para participar, é necessário que seja enviado um e-mail para o endereço: nucleonupie@gmail.com.

Segue o link da matéria completa: 
http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2014/07/cine-infancia-discute-percepcao-do-mundo-pelas-criancas-em-petrolina.html

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tecnologia e crianças pequenas

Segundo pesquisas, as crianças estão tendo acesso cada vez mais cedo aos aparatos tecnológicos. Alguns acham que isso não é um problema, desde que o uso seja monitorado pelos pais. Outros condenam o acesso antes dos dois anos de idade. Veja:
Um estudo ligado à organização de advocacia familiar, Common Sence Media, revelou que 38% das crianças abaixo de dois anos usam tablets, celulares e afins como brinquedos e lazer, assistindo a vídeos ou jogando games. Houve um aumento considerável desse índice que, em 2011, era de 10%. Outro dado mostrou que 72% de crianças (a partir de oito anos) já fizeram uso dessas tecnologias e que o tempo usado para essas engenhocas também aumentou: em 2013, crianças entre zero e oito anos, ficavam em média quinze minutos por dia nos dispositivos eletrônicos. Em 2012, ficavam apenas cinco minutos.
Uma ala de especialistas defende que tablets podem funcionar como ferramentas educacionais, mas se o uso é exagerado ou usado como distração enquanto os pais estão ocupados, pode causar danos ao desenvolvimento dos pequenos. A Academia Americana de Pediatria recomenda que os pais proíbam as “telas” para crianças abaixo de dois anos de idade, incluindo as de celulares. Outros pesquisadores defendem que, se usados com responsabilidade, com tempo e conteúdo monitorizados, podem servir de muitas maneiras à educação dos pequenos, mas devemos ficar alerta para a chance de o motivo que leve crianças a passarem longos períodos de tempo na internet estiver ligado a um problema de relacionamento com seus pais.
O psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Programa de Dependência de Internet do Laboratório dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI), da Faculdade de Medicina de São Paulo, conta que, semanalmente, recebe cerca de dez e-mails com pedidos de “socorro”, dentre eles de crianças, que se dizem dependentes do computador e pedem ajuda para livrar-se do problema. 
Os pais brasileiros têm muita dificuldade em encontrar o equilíbrio entre as atividades do dia a dia e o tempo que seus filhos podem dedicar-se aos acessórios de última geração. E a maioria, quando procura um especialista, o faz porque a criança apresenta distúrbios evidentes causados pela dependência. Poucos são os pais que buscam orientações para prevenir o problema. Ninguém nega que a tecnologia pode ser uma ferramenta educativa eficiente, mas todos também concordam que é preciso encontrar medidas e limites para esse uso, sem comprometer o bem-estar da criança.

Esta matéria foi baseada numa postagem feita pelo blog:
http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/tecnologia-e-crianca-pequena-quais-os-limites-para-esse-uso/ 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Elementos fundamentais para o aprendizado na creche e pré-escola

Os primeiros três anos de vida comportam um período em que a criança possui um enorme potencial para assimilar conteúdos e está cheia de curiosidades diversificadas. Segundo a psicóloga e psicopedagoga do Infans - Unidade de Atendimento ao Bebê Denise Argolo Estill, de São Paulo, nesse período "o mundo é algo a experimentar e conhecer por meio dos órgãos, dos sentidos e das ações corporais", isto é, ela necessita tocar, agarrar, sentir através da pele, alcançar com a boca etc.. Ainda de acordo com Denise, é essencial também estimular a linguagem verbal e a imitação: "Entendo a necessidade de reproduzir gestos e falas e procurando valorizar a expressão individual de cada um", completa a estudiosa. 


Seguem abaixo algumas experiências essenciais para o aprendizado nessa faixa etária:

* Brincadeiras: O estímulo de ações físicas que possibilitem desafios motores são muito importantes. Muitos brinquedos são apreciados pelas crianças nessa etapa, com o destaque para os que possam compor o arsenal do espaço educativo, tais como: aqueles que fazem barulho, peças de montar, empilhar, encaixar, jogar, lembrando sempre do cuidado para que não tenham peças pequenas.

* Linguagem Oral: Com a proposta de, desde muito cedo, o trabalho ser associado à cantigas de roda, parlendas e outras canções, pois são meios riquíssimos de propiciar o contato e a brincadeira com as palavras e de estimular a atenção a sua sonoridade.

* Movimento: Os espaços da creche devem ser desafiadores e, ao mesmo tempo, seguros. O bebê precisa participar de atividades que ampliem o repertório corporal. Aos poucos, ele passa a ter consciência dos limites do corpo e da conseqüência de seus movimentos. São situações indicadas para o amadurecimento motor: passar por obstáculos como túneis, correr e brincar no escorregador. 

* Arte: A música e as artes visuais são dois meios de os pequenos entrarem em contato com o que ainda não conhecem.  Uma boa prática inclui desenhos, pinturas, esculturas e a audição de sons como os da batida de partes diferentes do corpo.

* Identidade e autonomia: O bebê nasce em uma situação de total dependência e, pouco a pouco, necessita se tornar autônomo. A organização do ambiente em cantos de atividades é um meio de favorecer o exercício de escolha, já que cada um define onde brincar. Para ajudar na construção da identidade, cabe ao educador chamar cada um pelo nome e ressaltar a observação dos aspectos físicos individuais. 


Esta matéria foi baseada numa publicação feita pelo site:
http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/nao-pode-faltar-creche-400594.shtml 
- Acesso em 01/07/2014