Segundo pesquisas, as crianças estão tendo acesso cada vez mais cedo aos aparatos tecnológicos. Alguns acham que isso não é um problema, desde que o uso seja monitorado pelos pais. Outros condenam o acesso antes dos dois anos de idade. Veja:
Um estudo ligado à organização de advocacia familiar, Common Sence Media, revelou que 38% das crianças abaixo de dois anos usam tablets, celulares e afins como brinquedos e lazer, assistindo a vídeos ou jogando games. Houve um aumento considerável desse índice que, em 2011, era de 10%. Outro dado mostrou que 72% de crianças (a partir de oito anos) já fizeram uso dessas tecnologias e que o tempo usado para essas engenhocas também aumentou: em 2013, crianças entre zero e oito anos, ficavam em média quinze minutos por dia nos dispositivos eletrônicos. Em 2012, ficavam apenas cinco minutos.
Uma ala de especialistas defende que tablets podem funcionar como ferramentas educacionais, mas se o uso é exagerado ou usado como distração enquanto os pais estão ocupados, pode causar danos ao desenvolvimento dos pequenos. A Academia Americana de Pediatria recomenda que os pais proíbam as “telas” para crianças abaixo de dois anos de idade, incluindo as de celulares. Outros pesquisadores defendem que, se usados com responsabilidade, com tempo e conteúdo monitorizados, podem servir de muitas maneiras à educação dos pequenos, mas devemos ficar alerta para a chance de o motivo que leve crianças a passarem longos períodos de tempo na internet estiver ligado a um problema de relacionamento com seus pais.
O psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Programa de Dependência de Internet do Laboratório dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI), da Faculdade de Medicina de São Paulo, conta que, semanalmente, recebe cerca de dez e-mails com pedidos de “socorro”, dentre eles de crianças, que se dizem dependentes do computador e pedem ajuda para livrar-se do problema.
Os pais brasileiros têm muita dificuldade em encontrar o equilíbrio entre as atividades do dia a dia e o tempo que seus filhos podem dedicar-se aos acessórios de última geração. E a maioria, quando procura um especialista, o faz porque a criança apresenta distúrbios evidentes causados pela dependência. Poucos são os pais que buscam orientações para prevenir o problema. Ninguém nega que a tecnologia pode ser uma ferramenta educativa eficiente, mas todos também concordam que é preciso encontrar medidas e limites para esse uso, sem comprometer o bem-estar da criança.
Esta matéria foi baseada numa postagem feita pelo blog:
http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/tecnologia-e-crianca-pequena-quais-os-limites-para-esse-uso/
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