"Conceder a palavra às crianças não significa fazer-lhes perguntas e fazer com que responda aquela criança que levantou a mão em primeiro lugar [...]. Conceder a palavra às crianças significa, pelo contrário, dar a elas as condições de se expressarem."
(TONUCCI, 2005).

terça-feira, 25 de setembro de 2018

O NUPIE PRESENTE NO XIX ENDIPE




Entre os dias 3 a 6 de setembro de 2018, aconteceu em Salvador – BAo XIX Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino – ENDIPE, tendo como tema norteador “Para onde vai a Didática?”. Participaram desse momento alguns integrantes do Núcleo de Estudos e Práticas sobre Infâncias e Educação Infantil (NUPIE), na busca de se imbuir ainda mais pelas reflexões educacionais vigentes. A edição do XIX ENDIPE foi organizada com variadas discussões tratando desde o processo de identidade docente, as reformas curriculares, as políticas educacionais até a didática e o currículo nas formações de professores. 
Marcando sua presença, membros do NUPIE apresentaram dois painéis discutindo pesquisas relacionadas aos eixos de formação de professores. O primeiro painel, intitulado “Pesquisa-Formação: propostas experienciais com educadores, envolvidas de escuta e (re)pensar de práticas”, trata de pesquisasrealizadas por Iolanda Barreto e Clara Sousa a nível de Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI), e Vanessa Duarte, do Mestrado Profissional em Administração (PROFIAP), tendo como orientação o Prof. Marcelo Ribeiro. O segundo painel apresentado teve como título “Práticas Formativas e Identidades Docentes: experiência de uma autarquia municipal de Educação Superior”, de autoria dos Profs. Josenilton Nunes, Rosi Rocha e Marcelo Ribeiro.
Como participantes do XIX ENDIPE ainda tivemos a presença calorosa de Lila Santos (Mestranda no PPGFPPI) e Maria Júlia Duarte (Filha de Vanessa Duarte). Tais momentos geraram discussões especialmente em torno da formação dos professores (as) na região do Vale do São Francisco e que rumos estão sendo vivenciados nas práticas dos nossos inúmeros professores (as).
Cada integrante compartilha aqui o seu olhar mediante a participação no XIX ENDIPE:
Clara Sousa– Participar do XIX ENDIPE foi continuar a refletir uma educação que pense sempre no outro e não que sejam impostos por um número reduzido de pessoas como uma colonização. Houve discussões em torno de tantas problemáticas que envolvem a educação, mas a que em mim ecoou de maneira mais presente foi a preocupação em torno do elevado índice de adoecimento docente, desesperança diante da profissão, angústias que só crescem mediante a realidade em cada sala de aula, levando a definhamento de tantos professores (as) pelo sentimento de desamparo e desestrutura para uma educação verdadeiramente de qualidade. Saio com o desejo de continuar a tentar a se esperançar e a colocar em prática tanto do que a formação profissional tem me estimulado a viver. 
Vanessa Duarte– Estar no XIX ENDIPE foi uma experiência única. Ouvir diálogos e reflexões acerca da didática me deu ainda mais energia para continuar minha “migração” da gestão pública para a educação. Apresentar um painel junto com as companheiras Clara e Iolanda sob a orientação do Prof. Marcelo foi sem dúvida inesquecível. Porém, como pesquisadora da Educação Inclusiva senti falta de momentos que tratasse do tema a nível do ENDIPE. A educação especial também precisa ter sua didática estudada, suas práticas também precisam ser revistas. Faltou essa discussão, esse diálogo. Então diante dessa constatação reafirmo minha certeza de que a Educação Inclusiva necessita de pesquisa, necessita de atenção, porque ela faz parte do todo. 
Majú Duarte– Quando minha mãe me chamou pensei que seria muito chato ir a um evento sobre educação, na verdade só estava indo porque gosto de Salvador. Mas quando ouvi a primeira palestra criticando a forma de ensino comecei a gostar, porque vi que eu estava certa em achar que a escola tem vários defeitos. Também gostei de ver minha mãe (Vanessa) e suas amigas nervosas para apresentar um trabalho, igual a mim. Vi que alunos são todos iguais independentemente da idade. Também gostei de conhecer o professor Marcelo e todas as orientandas. 
Marcelo Ribeiro– O ENDIPE é um desses grandes encontros que a gente consegue fazer uma espécie de estado da arte da educação. Um misto de evento científico e de militâncias da educação, numa polissemia de temas, o ENDIPE consegue reunir profissionais, estudantes e pesquisadores da educação de diversas áreas, regiões, gerações e perspectivas teórica-metodológica. Um espaço, por si, muito formativo. Estar no ENDIPE é como beber na fonte, sobretudo na fonte dos encontros, de modo que a gente pode viver vários encontros no encontro. Estar com pessoas queridas no ENDIPE, principalmente pessoas ligadas ao NUPIE foi uma oportunidade a mais de atualizar boas conversas, elaborar finas reflexões e aprender juntos.
Iolanda Barreto– Participar de um evento como o ENDIPE, logo após a finalização de uma pesquisa-formação, nos proporcionou um momento bastante reflexivo, sobretudo, fez com que refletisse sobre a diversidade de saberes dos sujeitos, bem como as temáticas que se propõem discutir sobre a Educação. Outro ponto que destaco e que me chamou a atenção foi a simplicidade e humildade com que Selma Garrido Pimenta, pesquisadora 1 A CNPq,   conduzia a apresentação dos simpósios. Por outro lado, me chamou a atenção a “arrogância intelectual”, uma postura, de alguns, poucos pesquisadores. É preciso, urgentemente, colocar em prática o que Freire (2011, p. 69) bem colocou “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.Um encontro que me proporcionou também a alegria de conviver, nesses dias com Clara, Vanessa, Marcelo, Maju e Lila, no qual saberes foram compartilhados, afinal, é “o diálogo que proporciona o encontro entre homens como sujeitos que interagem nos processos de transformação do mundo”. É com este pensamento que retornarei e darei continuidade a minha pesquisa e ao meu trabalho.

Lila Moraes- Participar do ENDIPE pra mim foi um momento ímpar de reencontro profissional e pessoal. Um lugar de produção de conhecimento e troca de experiências, repleto de verdade e poética. Professores e professoras reunidos, gerando força na luta pela educação brasileira. 
Viver essa experiência ao lado de colegas tão comprometidas com a educação e com o outro fez toda diferença, vê-las na fase final do Mestrado gerou em mim confiança estando nos primeiros passos, parabéns pelos trabalhos. Gratidão ao nosso orientador Marcelo Ribeiro por proporcionar um encontro tão rico, e as colegas pelos momentos compartilhados, Vanessa, Clara, Iolanda e Maju, esta nos proporcionou uma olhar lindo sobre cada passo dado.
Agora sigamos, como diz o poeta, "caminhando e cantando e seguindo a canção...".

domingo, 16 de setembro de 2018

Univasf e Université du Québec à Trois-Rivières assinam acordo de cooperação técnica



A Universidade Federal do Vale do São Francisco e a Université du Québec à Trois-Rivières (UQTR) assinaram, ontem (10), um acordo de cooperação técnica que possibilita o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas do conhecimento. A assinatura do documento ocorreu via teleconferência, realizada na sala de reuniões da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), na Reitoria, com a presença do reitor da Univasf, Julianeli Tolentino de Lima, e do reitor da UQTR, Daniel McMahon.
O convênio terá, inicialmente, um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no campo da Psicologia Aplicada. O projeto será coordenado na Univasf pelo professor do Colegiado de Psicologia e coordenador o Núcleo de Estudos e Práticas sobre Infâncias e Educação Infantil (Nupie), Marcelo Ribeiro, e terá a participação da psicóloga do Centro de Estudos e Práticas em Psicologia (CEPPSI) Melina Pereira, que trabalharão junto com o professor Mathieu Point, do Departamento de Ciências da Educação da UQTR.
O assessor de Relações Internacionais da Univasf, Isnaldo Coêlho, ressalta que o convênio possibilita a realização de pesquisas envolvendo outras áreas do conhecimento e outros grupos de pesquisadores tanto da Univasf quanto da UQTR. “O convênio permite que outras propostas de pesquisa sejam estabelecidas entre as duas instituições. Os pesquisadores que se interessarem precisam apresentar à Assessoria de Relações Internacionais (ARI) uma proposta de atividade a ser desenvolvida em cooperação com algum centro de acadêmico da UQTR”, afirma Coêlho. A ARI oferece suporte institucional aos interessados, que também podem consultar a Instrução Normativa N˚ 3/2017, que estabelece critérios, requisitos e procedimentos para realização de instrumentos de cooperação internacional.
A UQTR é uma universidade canadense, localizada entre Montreal e Quebéc, que oferece diversos cursos de graduação nas áreas de Educação; Ciências da Saúde; Ciências Sociais; Administração; Ciências Contábeis; Ciências Exatas, Letras, Línguas e Comunicação; Artes e Ciências Humanas. A instituição tem cerca de 14 mil estudantes e conta com programas de mestrado e doutorado.