"Conceder a palavra às crianças não significa fazer-lhes perguntas e fazer com que responda aquela criança que levantou a mão em primeiro lugar [...]. Conceder a palavra às crianças significa, pelo contrário, dar a elas as condições de se expressarem."
(TONUCCI, 2005).

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Estatuto da família. Negação de direitos?

Por Thiago Santos

Quando se discute família, uma das primeiras palavras que vem a mente é o amor. Dessa maneira, pensar a união de pessoas por amor seria pensar família. Contudo, nem sempre foi assim. Historicamente, a família passou por diversas modificações, desde casamentos arranjados, casamentos duradouros até a noção de família atual. Dessa maneira, a família e o seu significado sempre foram construídos no avançar do tempo, causando então grandes inquietações como as que vêm surgindo no nosso cenário atual.

Eis então um grande problema. Nos últimos anos, um texto vem rondando os debates políticos e calorosamente minando a definição de família da maneira mais “quadrada” possível, dificultando que as pessoas possam exercer seu direito de amar. Esse texto é o estatuto família, que por si só reafirma a definição de família (já a muito desconsiderada) prevista na constituição de 88. Nesse texto, família é a união exclusiva entre homem e mulher.

Como os leitores desse blog sabem, minha formação é em psicologia, o que me leva a pensar em como fica uma criança ao ter seu direito de ter uma família negada, por ser formada por pessoas do mesmo sexo? Será que a aprovação desse estatuto não é mais uma forma de negar direitos?

Está aí uma questão para se pensar. O que é ter uma família? O que é ter alguém que te ama? E o que é ter direito a família negada por puro preconceito? Essas questões não são para ter respostas, a ideia é propor reflexões.

Fazendo referência ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)  é dito  no capítulo II, artigo 16, parágrafo V que há o direito em “participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação”. No capítulo seguinte (terceiro) foi feito um texto todo voltado ao “Direito à Convivência Familiar e Comunitária”.  Dito isso, pergunto novamente a todos o que é ter direito a família negada por puro preconceito? Não sei se existe resposta, mesmo assim mantenho a pergunta.  

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Terreiros da infância

Ocorreu no dia 15 de fevereiro às 18h no CEPPSI (Centro de estudo e prática psicológica- UNIVASF) um encontro com o professor Juracy Marques com o tema Infâncias no Terreiro de Candomblé.

O evento debateu sobre a participação das crianças no Candomblé e como a infância é pensada pelos terreiros. Além disso foi esclarecida as diferenças entre Candomblé e Umbanda, a definição de Orixá (Cabeça/energia) e outras questões ligadas à religião como Alma e espírito. Ao finalizar o evento legou-se algumas inquietações como: Quem é a minha criança? E onde essa criança encontra a espiritualidade?


Diversas sugestões de leitura foram colocadas, dentre elas se destaca a “Ecologia do Corpo” e “Candomblé" e "Umbanda no Sertão”, ambos de autoria do Professor Marques, disponíveis gratuitamente no site www.sabeh.com.br


Segue fotos do evento.